Mais rapidez para detectar ameaças cibernéticas e adoção de medidas proativas são estratégias para reforçar a proteção dos negócios digitais. A nova arma para colocar essa ação em prática e diminuir riscos de segurança é o uso das ferramentas de Big Data.
Com capacidade para analisar grandes volumes de dados em tempo real com armazenamento em Cloud Computing (Computação em Nuvem), as soluções de Big Data começam a ser aplicadas em outras áreas, além dos departamentos de negócios. Uma delas é a de segurança da informação para prever incidentes e ataques da Era digital.
O conceito de Big Data orienta as empresas para análise com inteligência da avalanche de dados que está invadindo diariamente o ambiente corporativo por conta do uso acentuado da mobilidade, Cloud Computing e outras tecnologias emergentes. A abordagem cria estratégias para coleta de informações em tempo real de redes sociais, Internet ou transações de negócios para tomada de decisão com mais assertividade.
Para coletar, analisar e extrair informações relevantes em uma grande massa de dados, a tecnologia de Big Data utiliza a técnica dos quatro “Vs” (velocidade, volume, variedade e veracidade). O processo se baseia em algoritmos matemáticos que capturam e cruzam informações online geradas em ambiente interno e externo, sejam os dados organizados ou não estruturados, que são os criados em diversos formatos (texto, fotos, áudio e vídeos).
Com essa característica, o Big Data deverá apoiar as empresas no reforço da segurança da informação e proteção de dados sigilosos processados em Data Center local ou armazenados em Nuvem.
Como o Big Data apoia a segurança digital
Embora muitas empresas utilizem tecnologias sofisticadas de segurança para se defender do cibercrime, cerca de 35% dos ataques cibernéticos passam despercebidos. Os dados são do estudo “Big Data and Predictive Analytics: On the Cybersecurity Front Line (Big Data e Análises Preditivas: na linha de frente da Cibersegurança), realizado pela consultoria IDC a pedido do instituto SAS.
Segundo a pesquisa, as ferramentas de Big Data têm a missão de reduzir essas estatísticas e ajudar as empresas a fazerem análises preditivas para subsidiar a área de segurança da informação. O objetivo da tecnologia é fazer avaliações de dados em tempo real para que as empresas ganhem mais agilidade no monitoramento, vistoria e detecção das ameaças virtuais.
A consultoria Gartner prevê que em 2016 companhias globais deverão aderir aos sistemas analíticos para prevenir crimes com a correlação de informações. Os analistas apontam que a filtragem de informações sobre ameaças virtuais permitirá contextualizar uma detecção com mais precisão, encurtando o tempo de respostas aos incidentes, apoiando as equipes do Chief Security Officer (CSO) para que possam agir antes que os invasores causem qualquer tipo de dano.
Na visão do Gartner, as ferramentas de dados analíticos aumentam a proatividade das empresas em segurança da informação. Hoje a postura frente aos incidentes ainda é muito reativa. Ou seja, a busca por medidas ocorre depois do registro da ocorrência. A ideia de Big Data é fazer com que as equipes de segurança possam prever os eventos. Com uma melhor gestão dos riscos, será possível antecipar medidas contra o cibercrime.
A consultoria prevê que todas as plataformas de segurança de próxima geração vão contemplar ferramentas analíticas. A tendência é de que as novas tecnologias deem um passo além dos atuais sistemas de Security Information and Event Management (SIEM), que gerenciam eventos de segurança, ameaças e riscos de forma integrada.
Como muitas das soluções de proteção de dados estão sendo oferecidas na modalidade de serviços, muitos dos novos projetos de análise de dados de segurança vão passar pela Cloud Computing.
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Paulo Fagundes
Muito bom, trabalho e faço muitos cursos sobre isto, pena que não tenho muita oportunidade no mercado brasileiro.
Parabéns pela matéria, estou compartilhando no Linkedin
Emir Lima
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