Os tratamentos de saúde passam a contar com um novo tipo de cuidador. São os Wearable (acessórios vestíveis) que vêm sendo adotados pela medicina e companhias do setor para prevenir doenças com acompanhamento de pacientes a distância.
Por meio de Apps (aplicativos móveis) armazenados em Cloud Computing (Computação em Nuvem), esses aparelhos realizam o monitoramento remoto do estado de saúde das pessoas que precisam de acompanhamento dos médicos.
A tecnologia Wearable começa a ser empregada em gama de aplicações relacionadas à saúde como o tratamento de pacientes com doenças crônicas, crianças, idosos e programas de bem-estar, entre outras iniciativas.
Disseminados por meio de relógios, pulseiras, óculos e outros tipos de acessórios, os aparelhos vestíveis funcionam com sensores que captam informações dos usuários e transmitem os dados pela Internet.
Um relatório da consultoria Tractica revela que as vendas globais de Wearables para a área da saúde vão aumentar de 2,5 milhões em 2016 para 97,6 milhões de unidades por ano até 2021.
A IDC prevê até 2018, que aproximadamente 70% das organizações de saúde em todo o mundo vão investir em aplicações Wearables para monitoramento remoto e cuidado virtual. Os gastos com a tecnologia serão para controlar os crescentes custos de saúde relacionados ao gerenciamento de pacientes.
Aplicação de Wearable na saúde
Os dispositivos vestíveis possibilitam interação entre homem e máquina para aplicações específicas. Na área da saúde, a tecnologia conecta pacientes com médicos, auxiliando nos cuidados com intuito de melhorar o diagnóstico e salvar vidas.
O acessório pode assumir a função de monitorar remotamente os portadores de doenças que exigem acompanhamento mais de perto, como os que sofrem de pressão alta e diabetes. Os aparelhos disparam um alerta para as equipes médicas sobre qualquer anormalidade através da transmissão de dados pela Web.
A monitoração online via dispositivo Wearable ajuda a prever doenças antes que se tornem crônicas ou críticas. Ao ser informado sobre o aumento de pressão arterial do paciente, por exemplo, o cardiologista pode solicitar que o paciente compareça imediatamente ao hospital ou clínica para exames de rotina.
Com essa habilidade, a tecnologia Wearable vem sendo apontada como uma extensão da transformação digital dos cuidados de saúde. O sistema pode ser usado também por companhias de seguro para incentivar clientes a levar uma vida mais saudável, prevenindo doenças. A iniciativa reduz custos na prestação dos serviços.
Fitness adere à tecnologia
O setor de fitness (palavra em inglês que significa estar em boa forma física) também aposta no uso da Wearable para estimular as pessoas a levarem uma vida mais saudável. Academias, nutricionistas e especialistas nos cuidados com a forma física estão criando Apps que oferecem dicas de alimentação, práticas de esportes e dicas para manter a saúde e o bem-estar. Esses aplicativos ficam armazenados em Cloud Computing e podem ser baixados pelos usuários de smartphones.
Uma pesquisa global da GfK realizada em 2016 com mais de 20 mil internautas em 16 países, revelou que 29% dos brasileiros monitoram a saúde e condição física por meio de aplicativos móveis, pulseiras, clipes e relógios inteligentes.
O percentual coloca Brasil e Estados Unidos lado a lado na segunda posição do ranking dos países em que esse hábito é mais popular. A lista é liderada pela China, onde 45% dos entrevistados declarou fazer uso de tais recursos para fins de monitoramento das condições físicas e de saúde. Na terceira posição da lista está a Alemanha (28%), seguida pela França (26%).
Questionados sobre as razões para adesão ao monitoramento da saúde e forma física pelas novas tecnologias, 50% citaram motivação para fazer exercícios. Outros 35% informaram que querem ter mais energia; 34% buscam uma alimentação mais saudável; 29% desejam dormir melhor; e 29% destacaram esforços para perder peso.
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