Enfrentar a pressão atual dos negócios por modernização tecnológica e manter a operação do dia a dia da Tecnologia da Informação (TI) funcionando com altos níveis de excelência não é tarefa fácil para os Chief Information Officers (CIOs). Analistas do Gartner recomendam a prática da TI Bimodal.
Um dos termos mais ouvidos atualmente no mundo da tecnologia é a “transformação digital”, um movimento estratégico das empresas para tornar seus negócios digitais. Hoje, a tecnologia está presente em praticamente todas as operações e o grande desafio das companhias é saber como extrair o máximo dos benefícios das soluções para ganhos de vantagem competitiva.
A transformação digital propõe novos modelos de negócios. Porém, exige revisão de processos e automação de tarefas. A mudança sugere ainda maneiras criativas de interação e engajamento com funcionários e clientes.
Colocar tudo isso em prática exige renovação da infraestrutura de TI com a transição para a chamada Terceira Plataforma, um ambiente mais flexível e preparado para as megatendências tecnológicas. São elas: Cloud Computing (Computação em Nuvem), Social Media (mídia social), Big Data (que contempla ferramentas para análise de grandes volumes de dados), mobilidade e IoT- Internet das Coisas.
Fazer a migração para o mundo digital necessita planejamento e muita cautela para que os investimentos da TI sejam assertivos. É para guiar as empresas nessa jornada.
O que é TI Bimodal
O termo TI Bimodal foi cunhado pela consultoria Gartner em 2014 quando propôs aos CIOs mudanças de estratégias para conseguirem colocar suas organizações na Era Digital. A abordagem sugere que as companhias dividam a área de Tecnologia da Informação em duas equipes: modo 1 e 2.
A equipe do modo 1 deve ficar focada nas rotinas diárias da TI, cuidando de questões segurança, escalabilidade e eficiência dos sistemas que suportam os negócios. A preocupação desse time é mais com situações previsíveis e preparação do ambiente legado para o mundo digital.
Já o grupo do modo 2 tem que operar com um olhar mais voltado para o futuro e processos de inovação. Seu papel é explorar novas tecnologias para resolver problemas e transformar os negócios. É esse time que vai dizer quando vale a pena usar Internet das Coisas, por exemplo, para automação de um processo ou a necessidade do desenvolvimento de um aplicativo em Nuvem para oferecer uma experiência inesquecível ao cliente.
TI Bimodal na prática
Na visão do Gartner, ter duas equipes de TI com perfis distintos (uma voltada para a previsibilidade e outra para exploração de tecnologias) apoia as empresas em suas jornadas para a transformação digital.
A nova abordagem funcionará como uma espécie de bússola na definição de estratégias para implementação de uma plataforma digital, algo que toda companhia precisa ter nos dias de hoje. O Gartner estima que até 2017 aproximadamente 75% dos departamentos de TI adotarão o modelo Bimodal.
A IDC também defende a prática de TI Bimodal para suavizar a jornada digital dos negócios. A consultoria observa que a digitalização antes era um ônus para as companhias e agora se tornou uma questão de sobrevivência. Muitas estão percebendo que a automação de processos traz vantagens competitivas.
Por essa razão, a transformação digital é um projeto estratégico cobrado pelo board (alto escalão) para melhorar a eficiência operacional, acessar novos mercados, acelerar a inovação, além de desenvolver produtos e serviços com menos custos que façam sentido para os consumidores.
A Computação em Nuvem pode ser uma aliada nesse processo, pois alivia os gestores de TI das preocupações do dia a dia para que possam se concentrar em inovação e nas estratégias de negócios de sua organização.
Gostou do artigo? Comente!