O mundo está hiperconectado. Tudo, ou quase tudo, agora funciona online e até as pessoas estão se tornando digitais por meio dos dispositivos wearable, que são os acessórios vestíveis como relógios, óculos e pulseiras que carregam chips inteligentes que se comunicam com a Internet das Coisas (IoT). Mas, o que está interligando tudo isso? É a chamada Terceira Plataforma, a nova infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI), que está emergindo dentro das organizações e colocando negócios e consumidores na trilha da Era Digital, com muita contribuição da Cloud Computing (Computação em Nuvem).
Provavelmente você tem um smartphone nas mãos, com diversos aplicativos, que chamam táxi, acessa o Internet Banking, as redes sociais, consulta e-mail corporativo e coloca uma infinidade de serviços à sua disposição. A mobilidade é um dos pilares da Terceira Plataforma e, talvez, a tecnologia mais visível dessa infraestrutura porque é, hoje, o principal meio de comunicação, tanto dos consumidores finais quanto das empresas.
Acompanhe como os negócios e o consumidor final estão se beneficiando da nova era tecnológica.
O que é Terceira Plataforma?
A Terceira Plataforma ainda é um conceito novo no Brasil e no mercado internacional. O termo foi cunhado por volta de 2010 pela consultoria IDC para designar a construção de um ambiente de TI moderno e mais flexível, sustentado pelas megatendências tecnológicas. São elas: Cloud Computing, Social Media (mídia social), Big Data (que contempla ferramentas para análise de grandes volumes de dados) e mobilidade.
Simultaneamente, o Gartner também criou o termo “Força dos Nexos”, que tem o mesmo significado da Terceira Plataforma. Ou seja, integra as mesmas tecnologias convergentes destacadas pela IDC. Porém, a consultoria adicionou à nova infraestrutura o pilar Internet das Coisas.
Entre as duas nomenclaturas, a que o mercado adotou mais rapidamente foi a Terceira Plataforma da IDC. Trata-se da terceira onda computacional construída para processar a TI das companhias. A primeira foi a dominada pelos mainframes (computadores de grande porte) fabricados para suportar o processamento pesado de dados das organizações que entraram em operação na década de 50. Esses computadores gigantes ainda sobrevivem e o Brasil é um dos países que não abrem mão desses equipamentos, com forte presença em bancos e centros de pesquisas.
A segunda fase da computação foi marcada pela presença de PCs, que se disseminaram pelas empresas em ambiente distribuído. Agora, a Terceira Plataforma possui características bem diferentes das antecessoras. Na etapa atual, a tecnologia permeia os negócios como uma forte aliada para trazer diferencial competitivo para companhias.
A Terceira Plataforma abre mais espaço para as companhias inovarem com as aplicações móveis, entender o cliente e oferecer melhor experiência, transformar os grandes volumes de dados em moeda valiosa para os negócios, criando produtos e serviços que tragam vantagens competitivas.
No Brasil, começou a ganhar mais força em 2013, com participação nos novos projetos de TI. A IDC estima que em 2020 cerca de 90% do crescimento de TI estará relacionado à Terceira Plataforma.
Diferente de outras ondas tecnológicas em que o Brasil entra atrasado, dessa vez, o País está junto aos demais mercados. Estudos da IDC e Gartner apontam que as megatendências que sustentam a nova computação estão entre as dez prioridades das companhias, com ranking similar ao do resto do mundo.
Por que as empresas precisam da Terceira Plataforma?
O motor que impulsiona a nova computação é a mobilidade com crescimento exponencial. O Brasil, por exemplo, possui 252,7 milhões de celulares em operação (balanço de junho/16), segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mais da metade dessa base são smartphones conectados à banda larga, sendo que muitos usados tanto para uso pessoal quanto profissional.
Já no mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que dos 7 bilhões de pessoas existentes no planeta, 6 bilhões têm celular, enquanto somente 4,5 bilhões possuem banheiros. Estudos da Ericsson estimam que até 2020 cerca de 90% da população mundial terá smartphone com acesso Internet.
O crescimento desenfreado da mobilidade exige das empresas respostas rápidas para os negócios. A expansão dos dispositivos móveis aumenta o uso das redes sociais e também de dados. As companhias precisam de tecnologias para tratar dados com estratégias de Big Data e gerar mais serviços online para o mundo conectado.
Como as empresas precisam ter serviços disponíveis 24 horas, a Cloud Computing abraça todas as aplicações criadas para abastecer o mundo conectado, tanto para o mercado corporativo quando para atender o consumidor final.
Novas tecnologias emergentes
As tendências apontam que a mobilidade continuará avançando no mundo, impulsionada pelo furacão da Internet das Coisas. A nova Web promete interligar praticamente tudo do mundo físico com o digital como é o caso dos carros 100% sem motoristas, previstos para chegar às ruas em meados de 2020; as cidades inteligentes, a indústria 4.0, com operação em grande parte por robôs com inteligência artificial, entre outras inovações que estão surgindo.
A Terceira Plataforma está sendo moldada para ligar a chave das novas tecnologias. Analistas da IDC costumam brincar que a nova era computacional é um olhar da TI para mundo, atento às novas tendências.
Para entrar nessa nova onda, as empresas estão promovendo a chamada transformação digital, que revisa processos e automatiza atividades com as novas tecnologias. A reorganização tem o objetivo de preparar o ambiente de TI para a revolução tecnológica que está ocorrendo no mundo. O objetivo das organizações com a digitalização é reduzir custos, ganhar eficiência operacional, praticar mais a inovação e se tornar mais competitiva.
Como parte desse processo, muitos dos recursos de TI estão migrando para Nuvem, um dos pilares da Terceira Plataforma, que tem a missão de ajudar as companhias a acelerar os negócios. A proposta da Cloud é facilitar o acesso aos recursos de TI como modelo de serviços para implementação mais rápidas dos projetos nas empresas, envolvendo as tecnologias convergentes.
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Alfredo da Silva Ferreira
Excelente explicação.