O fenômeno do Big Data (grandes volumes de dados) é uma das dez prioridades da agenda dos Chief Information Officers (CIOs) para 2016. Juntamente com áreas de negócios, esses executivos estão tentando delinear projetos e em busca de ferramentas adequadas para domar a avalanche de dados que invade diariamente o ambiente corporativo. A Cloud Computing (Computação em Nuvem) é a infraestrutura que vai suportar as iniciativas pela sua capacidade para processar grandes volumes de dados em tempo real, requisito do Big Data.
Big Data é um dos pilares da Terceira Plataforma de TI, ao lado de mobilidade, social media (mídia social) e Cloud Computing. O conceito ainda é novo no mercado e veio para orientar as organizações no gerenciamento dos grandes volumes de dados. A abordagem cria estratégias para coleta de informações em tempo real de redes sociais, internet ou transações de negócios para tomada de decisão com mais assertividade.
A proposta do Big Data é dar ferramentas para que as companhias consigam pescar no mar de dados informações de valor para aumentar sua competitividade. Para isso, a abordagem segue a premissa dos quatro “Vs” (velocidade, volume, variedade e veracidade).
As tecnologias de Big Data utilizam soluções com algorítmos matemáticos que capturam e cruzam dados organizados em sistemas, como os de gestão empresarial (ERP), relacionamento com o cliente (CRM) e de Business Intelligence (BI), com os não estruturados, que são conteúdos criados em diferentes formatos (vídeo, texto e fotos), gerados, principalmente, pelas redes sociais.
Por que Big Data?
As empresas estão sendo instigadas a investir em tecnologias de Big Data para saber como achar ouro em uma mina de dados, que cresce a cada segundo. É um fenômeno puxado pelas redes sociais, mobilidade e mais recentemente pelas aplicações de Internet das Coisas (IoT).
O estudo Visual Networking Index (VNI), realizado pela Cisco, prevê que em 2020 o volume de dados gerados pela Internet em todo o mundo chegará 2,3 zettabytes, crescimento de 264% comparado aos 870 exabytes registrados em 2015.
Para efeito de comparação, 2,3 zettabytes equivalem a 12 horas de transmissão de músicas, todos os dias, durante um anos.
O relatório indica ainda que em 2020 a Internet contará com 4,1 bilhões de usuários, ante 3 bilhões em 2015 ao redor do mundo. Já o número de dispositivos conectados a web somará 26,3 bilhões de aparelhos, muito acima dos 16,3 bilhões reportados no ano passado.
Esses índices sinalizam a necessidade de ferramentas de Big Data para pescar informações importantes para os negócios.
Um supermercado, por exemplo, poderá, com base em sistemas analíticos de Big Data, saber em tempo real que determinado produto está sendo mais procurado em uma loja no verão. Com essa informação, o varejista pode traçar estratégias personalizadas para atrair a clientela daquele estabelecimento.
Outro exemplo, são as análises inteligentes de dados dos consumidores em redes sociais. Ao filtrar as informações, a empresa tem como traçar o perfil de consumo deles e usar esses dados para criação de produtos, serviços inovadores e melhoria de experiência ao cliente.
Preparação para Era Big Data
Para se aproximar dos clientes e aumentar a lucratividade dos negócios com uso inteligente dos dados, as empresas estão reforçando as apostas em Big Data. Uma pesquisa global do Gartner estima que as despesas com Business Intelligence (BI) e Business Analytics (BA) em 2016 somarão US$ 16,9 bilhões, com aumento de 5,2% sobre os gastos de 2015.
Ter estratégias afinadas de Big Data exige investimentos em infraestrutura de hardware e software. Entretanto, essa iniciativa traz alguns desafios como a compra de servidores físicos dedicados ao projeto, que exigem alto investimento inicial, além de muito tempo em implementações dos recursos de TI para processamento de dados sazonais. Em determinados momentos, esse ambiente ficará ocioso.
A infraestrutura em Cloud Computing, seja em Nuvem Pública, Privada ou Híbrida, pode viabilizar os projetos de Big Data, superando os obstáculos da montagem do ambiente tradicional, trazendo diversos benefícios. Alguns ganhos são escalabilidade, que possibilita crescimento da capacidade de processamento de forma instantânea, e baixo investimento inicial.
Pelo modelo de Nuvem, o pagamento é efetuado apenas no momento do uso dos recursos de TI. Além disso, o período para implementação dos projetos de Big Data é mais curto com provisionamento de grandes volumes de servidores imediatamente.
Outro fator a ser levado em consideração para na hora de utilizar a infraestrutura de Cloud Computing para processamento de Big Data é a mudança do modelo de negócio. Nesse caso, a empresa passa a utilizar sistemas, sem a necessidade de appliances (máquinas) caras e com capacidade limitada para softwares. Isso porque o formato de Nuvem opera com licenciamento baseado em consumo, oferecendo compatibilidade com os principais virtualizadores e sistemas operacionais.
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